Ou melhor, a falta dela.
Nossos representantes mentem, desmentem e fabricam fake news conforme seus interesses.
Basta um deles ser citado em falcatruas e a resposta está pronta, "nunca conversei com tal pessoa, não conheço pessoalmente...nunca estive naquele lugar..."
Sempre cito uma ocasião hilária com Paulo Maluf que ao ser flagrado com imagens num suborno se defendeu dizendo que não era ele, apesar de ser muito "parecido" com o homem da gravação.
A honra está a léguas dos queridos políticos, eles vivem num mundo à parte e seguem suas rotinas sem respeito aos seus eleitores, verdades e sociedade.
Vocês já ouviram falar no barril de Régulo?
Marco Atílio Régulo era um romano prisioneiro de Cártago.
Cartago enviou ele para Roma sugerindo a paz e caso não alcançasse sua meta retornaria a Cartago para ser executado dentro de um barril cheio de pregos.
Régulo foi a Roma mas sua missão foi um fracasso. E ainda alertou os Romanos que Cartago estava vulnerável com seus exércitos enfraquecidos.
E, apesar de tudo, Régulo voltou para seus algozes para ser executado como havia prometido.
Não pensou em nenhuma vez em se esconder na embaixada da Hungria.
Sua honra valia mais que "Família, Pátria e Deus".
Enquanto isso relações dançam em Brasília para salvar pescoços de ex-amigos.
Nunca ouviram falar do Touro de Fálaris onde o fogo de um touro oco torrava prisioneiros lá dentro.
Não dá vontade de colocar certos politicos dentro desse touro quentinho?
Cuidado...olha os processos...
Com ou sem honra...
Mas o filósofo Sêneca vai além ao priorizar a honra. Chegou a dizer que é mais honrado sofrer torturas com honra do que ver o sem caráter jantando num banquete corrupto.
Sêneca vai ao extremo e compara momentos felizes com as maiores atrocidades.
A polêmica está lançada.
O estóico admira a força do íntegro superando malogros.
Ainda assim, não sei, prefiro ondas tranquilas do que estar no Titanic ou sem "destino" no Poseidon.
Porém, temos políticos que superam qualquer racionalidade. No Brasil Império um deputado chamado Montezuma lutava contra a abolição dos escravos porque eles "não entram na classe de cidadãos, são considerados coisas ou propriedades de alguém e não podem ser chamados nem de cidadãos bradileiros ".
Que ideologia...
Que honradez humana...
Tem mais, na Guerra do Paraguai, depois que Solano López invadiu Uruguaiana os "voluntários" da capital (bom, não tão voluntários), pagavam escravos para assumirem seus lugares.
Que nobreza...que honra...
Ah se pudéssemos enviar esses corajosos voluntários para dentro do barril de Régulo...
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