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A Última Maçã

  • cocatrevisan
  • 1 de out. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de out. de 2023

Coincidência.

A fruta do pecado encerrou um ciclo.

O fim dele.

Depois da maçã não sobrou mais nada.

Não tinha mais casa muito menos uma cama para dormir. E dormiu no chão.

Há muitos anos perseguiu o outro.

Que desejo estranho.

Porque?

Ele que teve tudo, calculou errado e a fartura expirou.

E agora?

Culpa os outros...

Não percebeu que o verdadeiro evangelho com Ele dá tudo, mas também retira tudo.

A vida não se resume em festivais e quando alguns shows encerraram, a ressaca caiu como uma avalanche.

As amizades corruptas não perdoaram e sumiram.

As amizades sinceras ou corruptas que bailavam nas curvas insanas, sumiram.

Sou obrigado a repetir e repetir e repetir, o tempo é uma trapaça.

A verdadeira parceria que sofreu bullying alimentando tristes subsolos queria acertar amarguras.

O bullying trocou arestas e emergiu exigindo vingança.

Também não é um bom caminho.

Mas enfim, porque ele menosprezou o autêntico?

Sua ideologia lembrava as memórias do subsolo de Dostoiévski pois "sentia um prazer insaciável quando conseguia magoar alguém".

E sem perceber se afastava do verdadeiro Ele.

E eles...dele...

Ora, o Mestre sempre disse que os mansos serão mais felizes e a compaixão nas horas da fartura exige equilíbrio.

Na Terra e nos Céus.

O grupo musical gaúcho Tambo do Bando gritava "Terra eu quero me redimir...", pois nosso tempo por essas bandas é limitado.

Porque milionários perdem simples referências?

Não sabem que a arrogância do opressor afunda na oitava onda, sempre?

Nao sabem que os humilhados e ofendidos estão à espreita, sempre?

Não se trata de vingança, bom, pode até ser, mas o mundo não é redondo apenas para imbecis terraplanistas.

Ora, as violências sociais corroboram com violências econômicas e culturais.

Raulzito alertou "se você correu, correu, correu tanto mas não chegou a lugar nenhum, bem vindo baby, ao século XXI ".

É, o tempo, ah o tempo, Samuel Beckett disse que sabemos quando nascemos mas não sabemos a hora derradeira.

Nu ou não, como seu personagem que não sabe nem se está com 40 ou 80 anos num suposto quarto de hospital.

É triste concluir que a arrogância pode massacrar seres considerados inferiores.

Famosos e arrogantes deslizam incoerências e quando percebem o doce já está azedo.

Já é tarde demais.

Tarde demais.

Até seus próximos não estão mais disponíveis, eles fugiram, se afastaram das plumas ensanguentadas da vaidade.

E da escuridão.

As reais amizades sinceras estão longe e gatilhos funestos ameaçam decisões absurdas.

E aquela maçã pode ser a última...

 
 
 

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