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Bem Vindos ao Século XXI

Atualizado: 23 de out. de 2021

Se sonhar é preciso, viver é obrigação e vice-versa. Sou da área da comunicação e já escrevi dezenas de textos sobre as teorias da sociologia e filosofia, além da própria comunicação.

Vivemos um progesso tecnológico onde o ciberespaço permite viver, sonhar, imaginar, viajar, etc, pois todas as possibilidades estão abertas e acessíveis a todos.

Não vai demorar para qualquer pessoa passar as férias na Lua ou em Marte e a internet está aí, para o bem e para o mal.

Alguns só enxergam um mundo novo com ela e "curtir" com todos seus recursos, porém existem aqueles que não querem "enter". Novamente convém dizer que diante de tantas informações, reflexões criticas exigem conhevimentis para tocar o baile.

Por isso, não canso de revelar a luta de Adorno e Horkheimer (a Escola de Frankfurt) para combater a cegueira política e social.

Pierre Lévy sempre disse que "a revolução contemporânea das comunicações, da qual a emergência do ciberespaço é a manifestação mais marcante, é apenas uma das dimensões de uma mutação antropológica de grande amplitude".

O grande problema, e perigo, é que esse extraordinário avanço científico e tecnológico andam de passos largos e distantes da humanidade. A ética ficou no feudalismo, isso se existia lá...

Torna-se vital saber quem somos e onde estamos inseridos nesse tal progresso. Não vai adiantar passar férias em Marte se lá passarmos por uma pandemia, a coronamarciana.

Uma certeza temos. Não há certeza. O progresso tecnológico e mesmo industrial segue uma das bases de Pascal, um mundo regido por "dois infinitos".

Em 1951, Edgar Morin publicou "O homem e a morte", um estudo em como a morte é encarada em diferentes civilizações através da antropologia e da própria história.

Histórica no sentido em como civilizações construíram e viveram a questão da "morte". Muito relevante, pois caso contrário, sem esse aprendizado de nada vai adiantar nós visitar nossos bisnetos em Marte ou Júpiter.

O humanismo de Edgar Morin nos mostrou caminhos entre o indivíduo e o desenvolvimento das sociedades, estando interados com a consciência para seguir os plenos horizontes do século XXI. A Era Planetária de Morin exige reflexões diárias em nossos destino, em nossa vida imaginária.

E real, aqui ou em Marte.

Antes de conquistar o espaco, a "fronteira final" do Capitão Kirk, deveríamos cuidar mais do nosso planeta: "devemos salvaguardar a visão humanista que nós ensina que é necessário salvar a humanidade e civilizar a terra...torme-no-mos cidadões da terra, o que nos remete à ideia por mim desenvolvida no livro Terra-Pátria" acrescenta Morin.

Por outro lado, em seu último disco, Raul Seixas gravou a música "Século XXI" em parceria com o camisa de Vênus, Marcelo Nova.

Eles dizem que há muitos anos andamos em círculos que nem lembramos mais da onde vem nossa origem e que temos desejos soprados por ventos, e quando esse vento desaparece, ficamos desorientados. É o século XXI, aquele que chegou depois do século XX. Tecnologias em abundância mas sem ética e moral.

Tantos horizontes sem fronteira final enquanto ministros incendiários exterminam a Amazônia.

O sociólogo Michel Maffesoli alertou que passados cem anos, os intelectuais de hoje aonde tem dificuldades para absorver problemas da modernidade. Não vai ser bom negócio viajar ao espaço sideral se nós, terráqueos, não priorizar e cultivar amor ao nosso mundo.

Maffesoli disse que "A cólera e o medo são, com frequência, o elemento inconsciente da análise do intelectual. O ódio do mundo é quase uma segunda natureza para os que se arrogam o poder de ditar o que devem ser o indivíduo e a sociedade". Ouviu ministro Salles?, aquele da boiada. Que desastre.

Nós buscando reformas de pensamento (seguindo as teorias de Morin), aceitando adaptações, mas esbarrando em "mitos".

Uma sociedade com novas psicologias, caminhos espirituais, tratamentos holisticos, enfim, aprendendo...e ainda sofremos imposições típicas de vigilância e punição segundo Foucault. O revés político, como sempre, trancando novos horizontes.

Como dizem Raulzito e Marcelo Nova, "Se você correu, correu, correu tanto e não chegou a lugar nenhum baby, oh, baby...bem vindo ao Século XXI".


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