Patriotas, imaginem. Como a China é nosso maior parceiro comercial, nosso governo deseja fazer guerra com quem? China.
Um dos filhos do nosso presidente já informou que os sobreviventes vão ter que dividir seus honorários na volta, assim, tipo rachadinhas.
No pelotão da frente, da elite, estão os não vacinados, pessoas fortes que não se abatem por qualquer gripezinha. Pobres que se consideram ricos vão compor um grupo especial, pois são considerados intelectuais porque pensam como a classe dirigente.
Não questionam nada e se consideram felizes, acham que tem "ótima vida", embora não tenham certeza desse conceito. Seguem ordens superiores com determinação e se a bandeira azul é verde, não interessa, é verde, está na constituição e deu na Globo, Jovem Pan, Record...
Para nossa sorte, temos um grande general, já trocou de divisas três, ou quatro vezes, é do bem, e se mentir, pede desculpas e fica tudo certo.
Quanto ao general responsável pelas estratégias, não poderia ter um mais experiente, já trabalhou na área da saúde com excelentes resultados. Nossos inimigos vão se surpreender com suas estratégias eficazes. Desconfio que nossos soldados também...
Ainda não fui convocado. Eles estão desconfiados das minhas preferências, achando que sou comunista e não seria bom ter "comedores" de criancinhas no exército. Pior, pode ser um traidor e pular para o outro lado passando informações que a PGR mantém em segredo à dezessete chaves.
Se baterem na minha casa, vou mostrar meus livros de Marx, Engels (serão meus amuletos se eu for obrigado a entrar nessa roubada), mas tenho certeza que ao abrir minha porta, os inspetores da Barra da Tijuca, depois de ver meus livros, sairão correndo gritando "para trás Satanás, vade Retro"...
Espero definir minha convocação logo, esperar não é nada agradável, a gente não sabe o que virá de lá, hoje eles dizem algumas aberrações, amanhã desmentem.
Talvez seja estratégia dos nossos comandantes para enganar nossos inimigos...e nós também. Já não disse que somos "insuperáveis"?
Dizem que em horas de angústias, nosso líder combinou apresentações do ministro de defesa "Jim Carrey" e parece que Sérgio Reis exige participação. Tiririca também.
Está ficando cada vez melhor.
Aí pergunto, como um país desses pode dar certo? Tudo parece piada.
O que podemos fazer se o poder é deles? Bom, por enquanto nada, mas nem o rio é sempre o mesmo.
Essa classe dirigente logo, logo, vai rio abaixo. Enquanto isso, quando olho para o rio seguindo para os mares, mantenho as esperanças. Vejo rios extasiado por suas belezas, muito diferente daquele personagem que sofre por não ter socorrido uma suicida que se atira de uma ponte. Cada vez que ele vê um rio, fica angustiado e deprimido. Em outro romance, "O Compromisso", de Herta Müller, uma mulher também sente calafrios quando passa por rios, pois seu marido também morreu nessas correntezas, depois de tentar assassinar ela. Aliás, depois de ler esse livro, que não conhecia, me inspirei para esse texto.
Retornando à temática, o que dizer do sofrimento daqueles que já passaram por guerras e ficaram anos nos campos de concentração? Dizem que nada pode ser pior do que ser prisioneiro dos horrores nesses campos nazistas. Algumas famílias perderam o sorriso (isso para quem sobreviveu) para o resto de suas gerações. Porém, olhem nossa situação. Já está difícil e os patriotas querem guerra pois dizem que muitos, mesmo sem campos de concentração, já eram infelizes...ahhh, tá.
Mas na verdade, verdadeira, ainda como suposto soldado, não entendi o motivo da guerra, se bem que há rumores de outra batalha com a Argentina...nosso segundo maior parceiro comercial.
Deve ser as "estratégias" do nosso ministro da guerra, aquele que era da saúde. Surreal. Eu não concordo com o conflito, aliás, qualquer pessoa em sã consciência não quer arriscar sua vida por, por...porque mesmo?
Napoleão Bonaparte tinha objetivos, controversos, mas tinha.
Em 1799 através do golpe do 18 Brumário, buscou consolidar a Revolução Francesa, e se por um lado permitiu aos judeus exercerem livremente seus credos, não esqueçamos que ele escravizou milhares na África. Entre prós e contras, pelo menos seguiu ideais libertários combatendo os "reis" nefastos franceses. E nesse contexto, realço sua capacidade de estratégias, suas manobras assombravam ingleses, espanhóis e prussianos. E quando o "monstro" estava solto, suas estratégias fariam nosso ministro da guerra voltar a brincar de carrinhos.
Mas aqui, no nosso exército de líderes insanos, quais nossos objetivos? Passar a boiada? "Lavar" algo? A jato ou à pequenos passos, o que queremos?
Lembro da história, ou estória do coronel que morava em Caçapava do Sul, pequeno município Gaúcho perto de Bagé, que cansado de ver em sua cidade lugares como center, tower, Macdonald's, etc, resolveu guerrear contra os ianques. Telefonou para lá e queria saber o arsenal do possível inimigo, e quando soube que eles tinham milhares de armas, canhões, bombas e um exército com mais de 2 milhões de soldados, desistiu da batalha porque não tinha cemitérios suficientes para enterrar tantos inimigos. Nem contando com os cemitérios de Bagé.
Ainda assim, estou desconfiado que vão tentar me convocar...
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