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Crescendo no Absurdo

  • cocatrevisan
  • 19 de mai.
  • 2 min de leitura

Bom, esse absurdo pode ter inúmeras referências, a miséria, dores existenciais, pobreza, torcer para o Inter...

Porém, quero priorizar temáticas com a Educação, nossas escolas.

Aquelas instituições punitivas que sempre estão nos vigiando.

Espionando como um grande irmão.

Se eles estão atentos em nosso cotidiano e ativos numa sociedade onde a (des)informação serve à interesses, então revidamos com exercícios do ver como ensinou o mestre em Comunicação José Martin-Barbero.

A eterna interação entre dominados e dominadores culturais onde a escola atua com maestria forçando seus alunos a permanecem sentadinhos e confinados.

E todos da mesma idade e classe evitando "uma sinergia e diversidade da vida onde o novo surge", diz o professor Gatto, um Augusto Cury norte-americano.

O emburrecimento exige a mesmice enquanto Gatto lembra que há mais de 140 anos nossas escolas trancam pensamentos onde o até ali vai apenas a datas e fatos onde a repetição correta é premiada.

Não deu certo.

A Educação com seus especialistas fracassaram, Edgar Morin revelou tais caminhos errôneos.

E Augusto Cury acrescenta a emoção como essência disciplinar.

O próprio John Gatto exige, "precisamos de uma sociedade pronta para inserir disciplinas em seus currículos que priorizem a emoção em seus colégios e faculdades".

Enquanto isso, vejam só, o consumo capitalista processa um "desaparecimento da infância", agora as crianças não querem mais bolas de futebol ou bonecas e sim batons e celulares diminuindo o tempo da infância.

Em crescimentos estranhos vemos que a angústia de Graciliano Ramos é atemporal, está presente ontem, hoje...amanhã...

Porém, talvez crescer no absurdo seja mais dramático do que esperar que o indivíduo se submeta à regras duvidosas.

Não, não vou ficar esperando Godot aguardando que algo aconteca ou alguém decida aparecer.

Os dois patetas idolatram uma árvore e todos os dias estão lá, esperando...esperando...bom, nem eles sabem exatamente o que...

Não percebem o tempo perdido.

Não sabem que o tempo é uma trapaça.

Ficam lá sem ação, sem reação, assim como nossos alunos das escolas punitivas.

Com medo...

Ah, se tivessem lido Spinoza...

Lembrei de um episódio da minha infância que uma tia sempre me contava.

Certo dia um sobrinho dela (acho que eu mesmo) perguntou para um guarda para que servia seu bastão, com sua voz fina infantil.

O policial respondeu "para dar pauladas nos meninos de voz fina", no que o moleque concordou "boa seu guarda" engrossando sua voz...

Medos...

Mas o tempo passa e com ele, dizem, caminhamos todos juntos.

Suas mudanças dançam nos bailes da vida. Antigamente me perguntavam se eu tinha talão de cheques, agora se tenho pix.

E mais, se é de inserir ou de aproximação.

Não tenho escolha senão seguir crescendo com absurdos estranhos pós-modernos...


 
 
 

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