E obrigado.
Sua história eleva o ser humano.
O escritor Yves Thériault narra a vida dos esquimós (inuítes) do norte do Canadá na década de 40. Thériault rola a ação onde vemos denúncias preconceituosas e a (des)valorização de raças.
Lembrei do livro do "politicamente correto" escritor (?) Norloch. E do menosprezo ao indígena e inuítes da América do Norte onde negociantes inescrupulosos abusavam do poder.
Ora, se no Brasil antigo índios matavam índios, era porque fazia parte de um processo natural e querer incluir tais batalhas para justificar massacres do homem branco, só nas palavras de integrantes da mídia maldita.
E as guerras insanas e mundiais, a ganância por territórios, a ambição dos loucos generais seu Norloch...
O indígena não necessita de CPF como o homem branco para provar que existe, aliás, ter um CPF não significa que alguém existe, afinal todos os anos aposentados devem provar que estão vivos...
Imagine uma pessoa sem certidão de nascimento, RG, CPF,, etc, ela existe ou não? Para os burocratas, talvez.
Em 2008 o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper pediu desculpas aos povos autóctones reconhecendo a aculturação que os esquimós sofreram, assim como os índios no Brasil.
No livro de Thériault, Agaguk assassina um comerciante que roubou suas peles e em sua fuga, o autor condena as injustiças raciais, como no episódio onde um índio montagnais grita nos portos canadenses mas ninguém "deu muita importância, um índio não vale muita coisa".
Desculpa Agaguk.
E obrigado Yves Thériault por seus prêmios no Canadá e na França, ele foi eleito membro da Sociedade Real do Canadá em 1959 e presidente da Sociedade dos Escritores Canadenses em 1965, elevando as vozes de Agaguk para os altos montes da justiça.
E a luta contra o refrão do general Sheridan, na guerra de Secessão de que "índio bom é índio morto" ainda repercute em nossas almas e sociedades.
Porém, como a resiliência está na moda, relevante destacar que Agaguk representa sua raça e seu passado venerando suas tradições.
Algum autor já disse que envelhecer é perder aquilo que tivemos, e sendo assim, rejuvenescer pode significar aguardar o que temos pela frente, não é mesmo?
Não temer o futuro pois perder ou vencer(rejuvenescer) estão de mãos dadas. E dar dignidade a história indígena, suas tradições, culturas, etc.
Uma cultura humana quando como homens sentem a presença de um lobo como Agaguk, "diante de um grande lobo e suas enormes pegadas, patas sadias, caminhando lentamente, com precaução". Agaguk prova que somos, todos um só, homens, animais e natureza.
Alguns mais humanos, outros avarentos.
Desculpa Agaguk.
Desculpa pelos avarentos.
Mesmo porque na história brasileira os indígenas ainda tem muito a ser pesquisados. Novas abordagens e documentos revelam que grande parcela deles viviam nos povoados dos colonizadores, eles estavam inteirados.
Documentos históricos provam que eles eram intérpretes da nova ordem política do século XIX.
Quando vejo a situação dos Yanomamis peço desculpas à Agaguk por um governo que recusou 21 pedidos de socorro com um genocida que diz que Deus está acima de tudo...
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