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Desistir

  • cocatrevisan
  • há 6 dias
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 4 dias

Livre-se dos fardos...

Pode não valer a pena...

Correr, correr, correr no século XXI para não chegar a lugar nenhum?

Porque preciso competir?

Porque preciso ser o, ou um dos melhores?

Porque a obsessão de buscar as "possibilidades ilusórias"?

Será que entre os dois irmãos onde um quer tudo e o outro que não faz questão de ser famoso, este não é muito, mas muito mais feliz?

A antítese dos livros de auto-ajuda, que auxiliam sim, mas que priorizam a fortuna seguindo roteiros impostos na alma do vivente.

Imagine viver sem se preocupar com comparações que não refletem a sua, a minha verdade.

Nunca vi um lobo solitário que vive sem "pesos" se atirar do trigésimo andar.

Desistir não é sinônimo de fracasso, evidente que aí teremos que reavaliar conceitos, lógicas e essências individuais.

No meu livro "Violências Culturais"(2023) no texto "Deixar de Desejar" insisti que abandonar dogmas pode ser uma boa ideia.

Viver sim, pelo prazer, como Epicuro ensinou, os prazeres mais simples podem ser os melhores, ora, é certo que água não trará ressacas do prazer de duas garrafas de vinho.

Simplificando Epicuro, prazer sem dor...

Não ultrapassar limites muito menos bom senso.

Diógenes, o cão selvagem também recorreu à simples tonéis como moradia e quando o grande Alexandre disse que ele poderia pedir qualquer coisa, Diógenes pediu para o Rei da Macedônia sair da frente pois estava tapando o sol.

Percebem, desistir sem desistir...

Evidente que não estou glorificando a pobreza miserável mas reforçando preferências.

Não estou reverenciando os humilhados e ofendidos de Dostoiévski.

Não...

É lembrar que pequenas coisas podem gerar grandes passos da humanidade.

Livre de doenças físicas e psíquicas.

Uma das coisas boas de ficar doente é a sensação de bem estar depois de curado.

Ahhh, maravilha...a vida é bela, rara...

"A onda do povo rude com que esbarrava era bem mais complexa do que a do oceano que ele cortava a proa firme de seu barco Netuno" pensava o capitão Rino nas páginas de "A Falência" de Júlia Lopes de Almeida.

E chego à Emil Cioran que certa vez disse "ser livre é desprender-se para sempre da ideia de recompensa, é não esperar nada dos homens nem dos deuses mas a salvação mesma, romper inclusive com suas ideias, cadeia das cadeias".

Desprender-se...

Livrar-se...

Uma forma de desistir de correr atrás, às vezes nem sabemos do quê.

Cioran vai além , quem sabe indo onde nunca ninguém foi e se não conseguir, ser teletransportado para uma reunião com o capitão Kirk e seu assistente Dr. Spock.

Cioran é definitivo "é tão mais agradável fracassar na vida"...

 
 
 

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