Imaginem a situação, você sentado curtindo um sol, quando chega o cara mais poderoso do mundo (sim, o mais influente e rico), e pergunta o que você deseja. Qualquer coisa que seu pedido será atendido. Se fosse comigo, pediria uma viagem de dez meses pela Europa, casas e aptos nas melhores praias do mundo, chácaras, prisão do Bozo e do Moro, fim da pandemia, etc.
Porém, nosso querido filósofo Diógenes pediu para o imperador Alexandre que ele...saísse da frente do sol.
Era um rapaz inusitado, muito inusitado. Diferente dos seres que querem glamour. Como por exemplo, em 1710 depois da Vitória contra os invasores franceses no Brasil Colônia as autoridades com honrarias se tratavam com títulos.
Títulos de nobreza, valores, eram mais relevantes do que "sair da frente do sol". Diógenes era representante do Cinismo e foi considerado o mais louco dos filósofos. Suas histórias ficaram na história da filosofia. Havia uma prática naquelas doutrinas para suportarem o frio e o calor, e o que o doidão fazia? O maluco beleza se despia no inverno e abraçava estátuas geladas, e no calor do verão, rolava nas areias quentes. Tem que ter criatividade também.
E se os sapateiros dependesse dele, estavam "fritos" pois ele estava sempre descalço. Diógenes era uma figura, histórias e mais histórias.
Certa vez estava num leilão de escravos e um comprador perguntou para ele quem ele gostaria de imitar. Diógenes disse que gostaria de ser como Hércules, e o comprador surpreso, disse onde estava sua "pele de leão de Hércules. O filósofo respondeu que sua roupa suja e velha limpava a vida humana.
Tem aquela que todos conhecem, ele caminhava durante o dia com uma lamparina acessa nas ruas, procurando um homem honesto. Imagina caminhando em Brasília, a caminhada iria longe. Não devia dinheiro a ninguém porque só pedia emprestado para estátuas.
Tinha somente uma peça de roupa e morava num barril. Além disso, só uma tigela para beber água, mas um dia viu um menino tomando água num Rio com as mãos, e o que ele fez? Jogou fora a tigela.
Era chamado de cão louco do Cinismo (cinicus= parecido com um cão).
E se assumia como tal. Numa solenidade, os nobres quiseram humilhar o filósofo, e deram ossos pata ele comer. Não se abateu e como um cachorro, urinou nos ossos.
Sabedoria. Dizia que "a sabedoria serve de freio na juventude, consolação na velhice, riqueza aos pobres e de ornamento aos ricos".
Cão louco um indivíduo desses?
Não sei não...
Ter coragem de ser absolutamente autêntico e romper com padrões tão rígidos... isso é para poucos. Não é à toa em faz parte da história.
Com um toque de ironia, você nos apresenta alguém que de fato viveu aquilo que sentia sobre si e sobre o mundo. Ele nada teve de louco, ao contrário, foi coerente consigo, uma raridade nos dias de hoje. Parabén pelo texto!