O programa "Mundo Visto de Cima" virou moda e atualmente inúmeros documentários similares desfilam nos canais fechados e abertos.
Viajamos deitados em nossos sofás e descobrimos cascatas, vales, florestas, pequenas vilas e lugares surreais dos quais nunca tínhamos ouvido falar.
Tribos como "Os Hadzas" da Tanzânia com seus 2000 habitantes que até pouco tempo enterravam seus mortos por peles finas para que hienas pudessem devorar seus corpos.
A hiena era considerada um animal sagrado para um dos últimos povos caçadores-coletores do planeta e somente há poucos anos eles começaram a enterrar seus entes queridos.
Um real encontro de épocas.
Progredindo, porém, regredindo na dança dos processos civilizatórios de Darcy Ribeiro.
Quando tudo parece seguir caminhos iluministas, rupturas lembram ambições que só trazem retrocessos.
Ora, há dois mil anos atrás rainhas viviam em palácios no Egito e hoje, que é apenas um furo no futuro, vemos milhares de pessoas vivendo em choupanas miseráveis.
E a tal velocidade tecnológica pós-moderna já era retratada no século IXX, Júlio Verne na corrida louca de 80 dias ao redor do mundo alertava como trens aumentavam a "velocidade" cotidiana.
O mundo se tornava menor na década de 1870...vejam só...
Bom, Nietzsche insinuou certa vez que a filosofia estava saturada e que Deus estava...morto...
Tá loko...
A história, sociologia, filosofia, etc, firmam a complexidade de Edgar Morin no vai e vem dos processos civilizatórios.
Se atualmente o homem está em crise diante de uma pós-modernidade instável, os historiadores romanos Tácito e Tito Lívio revelaram a ganância pelo ouro dos...outros...
Bom, aí nada mudou, (falsos) mitos do século XXI são fascinados por jóias.
Encontro de mundos diferentes.
Encontro de mundos iguais.
Mudam Eras glaciais e globais mas o sonho da vida americana persegue riquezas muitas vezes ilícitas.
Não querem nem almejam um milhão de amigos apenas milhões com cifras monetárias.
Preferem ser um faroleiro solitário mas com parentes importantes e bolsos contaminados de dólares e euros.
Não entendem os caminhos errôneos que estão seguindo, a arapuca existencial vai cobrar ali na frente.
Não há época que resista.
Javert se perdeu e seus conceitos miseráveis os levaram ao suicídio.
Não estava no mundo.
Sua Era se perdeu.
Sua época estava estranha.
Encontros foram superados por desencontros.
E vice-versa.
E como não pretendo me perder por aí o "Processo Civilizatório" de Ribeiro está na minha cabeceira da cama há mais de trinta anos.
Porém, cuidado homens de Deus, eles, sempre eles, são insuperáveis...
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