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Frankenstein, Coringa...

  • cocatrevisan
  • 28 de abr.
  • 2 min de leitura

A doutora em Comunicação, Artes e Semiótica Ivani Santana insere Frankenstein e Prometeu para lembrar que não apenas seres humanos mas personagens da literatura quase sempre estão em "busca da luz".

Porém, as falências humanas entram no pacote pois "no mito prometeico e suas variantes as conquistas da humanidade nas Ciências e na Tecnologia são consideradas como as destruidoras predestinadas da nossa espécie".

A busca desenfreada enlaça o bom e o ruim e aí amigos, Frankenstein revela faces temerosas enquanto o Coringa do diretor Todd Phillips demonstra como somos humilhados.

Talvez não seja racional ser contra as atitudes do Coringa...

Suas frases filosóficas e morais derrubam teses humanas.

Sim, isso mesmo, frases morais.

Muito menos gritar chamando os humilhados (que também querem gritar) de terroristas.

Aff...

E as humilhações que todos os dias sofria nosso, agora, querido Coringa?

Ouvindo risadas de uma sociedade pronta para desmoralizar o submundo que eles, sempre eles, criaram com suas instituições punitivas.

E quando pedimos ajuda aos Céus, Prometeu rouba o fogo para aquecer o homem mas Zeus enfurecido castiga o simpático ladrão amarrando ele no monte Cáucaso para ser beliscado por uma águia todos os dias.

Humilhado como o Coringa, um dia após o outro.

Não temos nem rostos, eles estão empoeirados ou retalhados e quando Dr Frankenstein chama sua criação de monstro, ela pode ser considerada terrorista.

E ela queria apenas semear o amor "embora eu sempre desejasse amor e amizade fui desdenhado. Não constituirá isso uma injustiça? Devo considerar-me o único criminoso quando toda a humanidade pecou contra mim?".

Percebem?

Quem é o terrorista?

Ivana Santana é pontual "os monstros aqui são percebidos como as alteridades que nos forçam a pensar quem somos nós e quem são eles, pois eles são o que criamos para nós mesmos".

E com as mídias malditas criando seus "mitos" fica complicado discernir o joio do trigo.

O pêndulo não é justo, alguns não deveriam retornar mas a máquina de ideologias retalha mentes que ficam estagnadas repetindo frases de seus algozes.

Ainda tem a espiral do silêncio...

Porém a palavra resiliência é moda e se hoje é apenas um ponto no futuro, a luta continua em busca da luz.

O pêndulo pode também ser resiliente e lembra que somos um pouco Frankenstein, um pouco Prometeu, um pouco Coringa.

E se a vida é rara a paciência exige a emoção e felizes os mansos nas terras de Augusto Cury.

Talvez algum dia o opressor perceba o quanto sua ambição desmonta seres humanos ou entenda como o neoliberalismo humilha o subjugado infeliz.

Enquanto isso, Jessé Souza acrescenta "o Coringa é a figura social mais típica de um mundo no qual a pobreza é vivida como culpa pessoal das próprias vítimas".

 
 
 

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