Gigantes Pequenos

Quem somos?

Daonde viemos?

Para onde vamos?

Nossa que original...

Quando vejo políticos debatendo no congresso ou no senado em Brasília, questiono a origem do ser humano.

Eles gritam, um xinga o outro numa hipocrisia e agressividade que o rei dos gigantes de Jonathan Swift se sentiria pequeno. Por outro viés quando Guliver chegou no país dos gigantes, se sentiu o menor dos menores.

Como surgem esses homens ridículos de Dostoiévski com suas "criatividades" espantosas...

Imagine se os povos que Guliver visitou conhecessem "religiosos" como malafaia.

Até os cavalos não iriam entender tais humanos, muito menos os criadores do pó escuro conhecido como pólvora.

Que mundo é esse?

Estranho...muito estranho...

O imperador romano Tibério, para muitos um monstro enquanto em novas pesquisas históricas, não tão desumano como contam, quando era "questor"(funcionário da administração) ao se deparar num caso de corrupção tentou resolver o problema beneficiando pessoas índoles.

Seus mestres questionaram e sugeriram não premiar pessoas honestas e sim, talvez castigar os nefastos.

Porém, será que amedrontar com punições ainda teria maiores resultados?

Confuso...paradoxos...muito confuso...

E lembrei de Lilipute.

É, vivemos ciclos atemporais com Gulliver, Tibério, e figuras surreais de Brasília.

Grandes pequenos ou pequenos grandes, a micro História revelou personagens comuns e famosos de um mundo muito diferente que Guliver conheceu.

Nas viagens do tempo, ônibus doce era uma janela aberta. Ar-condicionado décadas atrás sempre foi retratado como coisas da família Jetson.

Ar-condicionado somente no ônibus deles, sempre eles, enquanto eu sonhava com um táxi lunar.

Não sei, estou perdido, esperando os tártaros que não aparecem nunca, mas neste entrevero é melhor voltar às questões iniciais, daonde vim e para onde vou.

Ideias desconexas dançam em minha cabeça e me produzem calafrios, mas pensando bem, é melhor o bonde me levar enquanto os trilhos permitirem.

O ônibus pode ser doce ou azedo, se não seguir o caminho deles, sempre deles...já me serve.

Quero o hoje.

Quero os instantes eternos de Michael Maffesoli.

Quero o hoje do maluco beleza Raul Seixas, aquele que garante que o hoje é apenas um ponto no futuro que começa a jorrar.

Almejo ser amigo dos pequeninos de Swift e parceiro dos seus gigantes e deixar o resto com simplesmente...Ele...