A mídia cria ou mata. A ternura não existe. O humanismo não faz parte das essências dos meios de comunicação. Eles decidem o bem e o mal e ficamos à deriva de seus interesses. O julgamento é decidido nas redações e jogado na sociedade quando seus beneficios estão em jogo. Não interessa a verdade nem nossa felicidade. A condenação está determinada e a veracidade será tratada posteriormente. Em tempos de Lava-jato, primeiro se condena. Alguns anos num BBB da Globo um dos participantes fora condenado por estupro. Somente semanas após, a suspeição não foi confirmada, mas o estrago já fora disseminado. Ficou marcado como estuprador. Assim a desumanidade prevalece em nossa mídia. Junto com a inexistência da desaparecida ternura que sem crítica, não nos pertence nem mesmo em nosso cotidiano. Será que estamos numa inércia tão difundida que não temos mais capacidade de construir nossas críticas numa mídia cada vez mais interessada em seus benefícios.
Nossa felicidade cotidiana está em segundo plano e o humanismo em nossas mídias segue sem horizontes.
Primeiro se condena, depois se verifica a verdade, vale o espetáculo da mídia. Como diz o jargão popular, joga-se no ventilador. E o termo fake News ainda não era assimilado pela sociedade. O poder da Comunicação ainda tem muito a ser estudado como a semiótica, a filosofia da linguagem e por aí adiante. As teorias da Comunicação e da Educação estão aí, mas poucos conhecem. O humanismo no jornalismo também entra no jogo e sua difusão ainda é inofensiva. Que paradoxo, seu poder ofensivo é dramático, porém seu conhecimento inofensivo, pois poucos conhecem seu teor e poder. Com as novas redes sociais, talvez, eu acredito, o indivíduo pós-moderno possa se aproximar da maioridade de Kant, o esclarecimento fica mais acessível, inclusive seu humanismo.
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