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Humanismo no Jornalismo

  • cocatrevisan
  • há 6 dias
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 6 dias

Ou melhor, a falta dele.

Do humanismo.

Este blog tem cinco anos e acho que já escrevi um texto com esse título.

Revirando caixas e apostilas encontrei estudos passados. Há uns quatro anos estudei fakes news, (antecipando a turma do ódio), numa disciplina do mestrado da UFSC.

O professor Jorge Ijuim inseriu um personagem desconhecido para mim, o escritor e psiquiatra colombiano Luis Carlos Restrepo.

Restrepo faz um ciclo histórico para chegar ao Antropocentrismo atual, viajando desde o Humanismo Clássico, Renascimento, até chegar ao "ódio" de nossos tempos.

Ele questiona e quer saber onde foi parar a ternura do indivíduo, porque o desumanismo atropela o Humanismo, não só no Jornalismo. O que humaniza e o que desumaniza o jornalismo.

Porque a vontade insana de destruir almas humanas em nossos meios de comunicação. O colombiano alerta que 80% das denúncias divulgadas nas mídias não se comprovam. Isso já acontecia antes dos excessos de fakes news que assolam nossos jornais, internet, redes sociais, enfim, as mídias malditas.

Primeiro o sensacionalismo e interesses políticos massacram o infeliz para depois confirmar ou não a veracidade dos fatos.

O ódio já disseminado não vai desaparecer e a verdade já não tem relevância...

Mídias como a Jovem Klan, ops, Pam, onde dizem que Paulo Freire é uma fraude e Olavo de Carvalho um dos maiores filósofos que o Brasil já teve.

E "religiosos" loucos como Malafaia gritando como uma besta desumana.

E dizer que estamos (tentando) entrar numa fase Antropocêntrica...

Faz tempo...Kant e seu Esclarecimento também buscou humanizar conhecimentos mas eles, sempre eles, são resilientes.

As "pedras de toques" da verdade de Kant ainda estão por aí...

E nossos direitos ao humano?

E nossos direitos ao carinho?

E nossos direitos à ternura?

Restrepo exige em seu livro "O Direito à Ternura" o respeito humano onde a ternura e o carinho derrubem ódios e mentiras.

Edgar Morin em "Ciência com Consciência" elabora métodos que unem disciplinas e novas tecnologias sempre almejando "esclarecimentos" no novo.

Ora, Morin diz que "não devemos eliminar a hipótese de um neo-obscurantismo generalizado diante especializações no qual o próprio especialista torna-se ignorante em tudo aquilo em que não concerne a sua disciplina".

Enquanto isso os titãs da mídia gritam como donos de suas verdades, os interesses superando razões e confesso, não gosto de Descartes mas às vezes, sinto até saudades...

Restrepo reforça conceitos como intimidade, linguagem, educação, figura divina. A psiquiatria quer sua parte nesse latifúndio.

Fica explícito que a ausência da ternura leva à intolerância e ao ódio.

É uma equipe de respeito, Restrepo, Edgar Morin, Kant...o time do professor Ijuim é forte e o humano, o demasiado, quer humanizar gritos desumanos.

Acredito.

Generais loucos já estão presos, quem diria...

O mesmo que o professor Ijuim citou em sua disciplina, "em recente palestra no Clube Militar no Rio de Janeiro, Augusto Heleno Pereira, mesmo sob o risco de ser punido por indisciplina, denunciou os disparates que acontecem na região" alegando que a política indígena está dissociada da história brasileira e tem de ser revista urgentemente".

Tá loko...

 
 
 

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