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Lanternas da Felicidade

  • cocatrevisan
  • 5 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura

Sim, claro, evidente que estou falando de Diógenes, aquele que morava num barril e sempre caminhava com sua lanterna em busca de "homens".

Aliás, se Diógenes desse uma passadinha em Brasília sua lanterna apagaria logo ao entrar no Congresso Nacional.

Não era poder o que nosso filósofo maluco beleza buscava, era o autêntico, a gentileza, a humanidade, o esplendor de âmagos puros...uma existência feliz...

A paz de um Carpe Diem honesto, almejando as palavras de Erasmo de Roterdã, "a felicidade consiste, sobretudo, em ser querer ser o se é".

Porque "querer ser o que se é" parece algo difícil?

O desfile nos palcos reflete imagens retorcidas onde a imagem vale tudo.

Porém não posso esconder, o show da vida na busca de poder exige a presença do egoísmo. E aí fico imaginando se Diógenes sentasse em minha mesa de bar.

Numa cadeira né ou talvez dentro de seu barril.

Desconfio que ele tentaria me alertar lembrando que a vida do próximo interfere na minha jornada e que justamente por isso o egoísmo não seria uma boa companhia.

Ao contrário, vai revelar e resvalar oposições onde cada um vai priorizar seus entendimentos.

O debate pode durar horas mas a lanterna do filósofo tem tempo limitado e minha arrogância está de olho na tal lanterna.

Gosto dela (da lanterna), mas parece um empecilho em algumas das minhas empreitadas.

E as concorrências, reais ou imaginárias?

Afinal preciso ser o melhor disso e daquilo para não ser visto como um fracassado.

E agora seu Diógenes?

O que faço?

Quem sabe a gente conversa outro dia, mas hoje...hoje o dia é de "luta"...

Amanhã até compro uma lanterna nova para o senhor seu Diógenes, mas hoje, hoje não vai dar ...

Minha felicidade parece que exige quesitos egoístas.

E aí o entrevero recrudesce, ora, que felicidade pode surgir se para conseguir o que quero passo por "cima" dos oponentes.

Lembra a expressão "custe o que custar".

Impossível, tal expressão não é racional, um dia a lanterna vai cobrar.

As noites de plumas acabam.

Depois não adianta chorar.

Ou choramingar para psicólogos e psiquiatras.

O próprio bullying sempre está à espreita.

Ora, a amizade sincera visualiza a lanterna que mesmo humilde, tem labaredas mágicas.

Ela sempre foi sincera...

 
 
 

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