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Larutluc Airtsúdni

Atualizado: 8 de ago. de 2022

O que é isso?

O blogueiro enlouqueceu, tá bêbado?

Que título é esse?

O sistema derrubou o escritor?

Não, nada disso pessoal, eu que estudo a indústria cultural há 40 anos, hoje me sinto "perdido" e vou defender suas artimanhas. É, o Coca pirou mesmo...

Ora, as modas que Bob Dylan ou os Beatles lançaram (e Dylan até hoje), devem ser seguidas pois não considero seus verbos, letras, cabelos e roupas de imposições, são leis culturais.

Essa indústria cultural me serve.

O que Bob Dylan diz ou escreve, tá definido, não tem antítese, nem em sua fase gospel, aliás, naqueles anos Dylan gravou pérolas que escuto até hoje em meus vinis.

Como diz o líder do programa "Pitadas do Sal" (aconselho, tá no YouTube), se hoje falamos de Mozart, Bach, os gênios da música clássica 300 anos depois, alguém duvida que daqui três séculos não vamos ouvir (só Deus sabe em que tipo de máquina) e falar de Dylan, Beatles, Led Zeppelin, ah...e Raul Seixas...

E no futuro, o turista terráqueo já bateu e entrou na porta do Céu (know, know, knocking on heavens door), de alguma forma, ou por forças invisíveis, ou através das mãos poderosas do Dr. Spock ou ainda pelo Mestre dos mestres (mais provável).

Ora, se os quatro gênios de Liverpool já imaginavam uma semana de oito dias "Eight Days of Week", então tudo está aberto. Os tiros de amor de Bob Dylan são certeiros e não vou discutir suas ideologias. São tiros de amor, tiros do The Best, não das best(as) que fazem arminhas.

Uma indústria cultural ao avesso desafiando as teorias frankfurtianas?

Pode ser, quem sabe...

Inventar modas pode significar teses positivas, imaginar o que ninguém imaginou, ousar e aí me vem à cabeca, as cabeças (redundância proposital) de Dylan, Beatles e Raulzito.

Letras e canções que parecem doutrinas, mas tô nessa. Sou fiel seguidor.

Aceito como se fosse de um rebanho, mas de um gado diferenciado...

Por favor, não confundam.

É, Dylan destrói meu discernimento e minha lógica fica afetada. Agora permito que Dylan assuma comportamentos e ideologias, é o cara.

E aquele discernimento, aquela capacidade de entender propostas fixas vai para o ralo. E agora, complicou?

Não, Bob Dylan está fora de análises tradicionais ou críticas e ponto...pronto.

Que as novas gerações da Escola de Frankfurt se virem, são gênios. São mestres das teorias, despacham teses que mudam hábitos e cotidianos, liberando os presos de seus cárceres mentais.

Dostoiévski sentiu na pele quando esteve preso na Sibéria: "quantos milhares de dias iguais a esse me esperam ainda, todos como este, todos iguais, parecidos".

Porém, temos Bob Dylan e seguindo sua seita, não temos esse temor e ele com seus 80 anos ainda revela segredos de outras esferas, assim como as esferas sociais de Habermas, da terceira geração de Frankfurt.

São tiros de Rockin'Roll, Folk...

Tiros que obrigam redescobrir uma curiosa indústria cultural, pois não quero viver à toa vendo a banda passar, quero a Larutluc Airtsúdni...

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