Mundos Pequenos

A Micro-História incrementou espaços e o microcosmo do soldado agora tem representatividade.

O mundo dos loucos generais perdem vozes e a nova disciplina rejeita chavões da classe superiora.

E de muros de cada um nascem limites estranhos onde o coração ultrapassa cimentos e palavras insossas.

São diversos mundos em pequenos edifícios ou grandes condomínios.

Num pequeno condomínio existe um macrocosmo, lá estão a viúva solitária, o general aposentado, um casal feliz, todos tocando a banda com suas jornadas alegres, tristes, felizes, suas angústias...

Cada qual fazendo de seu pequeno mundo um instante eterno.

Um microcosmo diverso e complexo.

Como a casa dos espíritos de Isabel Allende onde a família Trueba revela micros e macros.

Como o duplo de Dostoiévski que revela estranhos corações numa alma só.

Golyádkin está paranóico e vê qualquer um como inimigo e quando surge seu "duplo" fica feliz por ter um amigo, também estristece por "ele" mostrar quem ele é...

Com toda a complexidade do ser humano, seus micros e macros, ainda temos que lidar com nossos "duplos".

Golyádkin tem que encarar ele próprio sendo escorraçado por seu duplo que revela suas mesquinharias.

Os instantes eternos de Michael Maffesoli recrudescem os microcosmos, que se transformam, num instante, grandes momentos.

Somos necessários.

Até mesmo meu duplo...

Tenho que descobrir para que ele serve.

Outro russo, Tchekhov, num de seus contos curtos narra uma criança de dois anos que precisa da mãe e da babá pois elas alimentam e cuidam dela.

Não entende porém porque aparece um pai...serve para quê?

Assim como uma tia que aparece e desaparece.

Esses mundos pequenos são mesmo estranhos...