Mídias Malditas III
- cocatrevisan
- 20 de mai. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 22 de mai. de 2023
Já não basta a onda de fakes news, temos que encarar uma Janaína Pascoal como comentarista na CNN (tenho certeza, não vai longe), a Jovem Klan com seus "comediantes" e outras figuras que não vale a pena nem citar seus nomes.
Não há dúvidas que nosso jornalismo passa por uma crise séria.
Credibilidade nula.
Para formar uma opinião, a sua, própria, o cidadão deve pesquisar, e muito, o que infelizmente as pessoas não fazem, alguns por comodidade e outros por falta de tempo.
E daí meus amigos o show de horrores das mídias malditas invadem cenários onde o gado, o mal informado e o manipulado são engolidos pela tropa da boiada que avança com teses que fariam Foucault, Marx, Adorno, Epicuro e representantes de várias áreas se renderem ao show midiático.
A verdade pouco interessa.
Se as mídias já eram malditas, agora com as fábricas de fakes, salve-se quem puder.
E fica pior com uma elite do atraso endossando fakes desde que respaldem seus interesses. O que a decadente Regina Duarte divulga é caso de internação com seus fakes, porém ela não fala nada sobre seus salários imorais e ilegais.
O que me incomoda são as teses da expansão da extrema-direita, ora se não fossem as falcatruas da Lava-jato, o bolsonarismo não teria vez no cenário político.
Nossas instituições perderam legitimidade e hoje o certo é o errado de ontem que poderá ser o certo ou errado amanhã.
Já tivemos o caçador de marajás, depois um vampiro golpista e para piorar, um mito, que logo ao assumiu foi arrumar brigas com a China e Argentina, nossos maiores parceiros comerciais.
Que beleza.
Mas não se preocupem, as mídias malditas vão providenciar logo, logo, o Caçador de Marajás II, ou o "Soldado da honestidade", ou o Mito II.
Pensar? Não.
Bolsonaro sucateou a Educação com um secretário da cultura que em seu auge foi no máximo ator da Malhação global.
Tá loko...
Uma outra ex-ministra luta contra a cannabis medicinal, mas não sei o que ela tomou para ver Jesus numa goiabeira.
Quero uma caixa do que ela consumiu.
Enquanto isso na Jovem Klan, ops, Jovem Pan, seu proprietário já admitiu que patrocinou o 8 de Janeiro.
O que mais precisamos ver?
Que jornalismo é esse?
Total desvio da essência do jornalismo.
A crise não é nova, em 1995 o sociólogo John Thompson debatia a temática com dois livros, "A Mídia e a Modernidade" e "Ideologia e cultura".
Thompson já alertava que "só poderemos entender o impacto social do desenvolvimento das novas redes de comunicação e do fluxo de informação se pusermos de lado de que os meios de comunicação servem para informar...".
Imaginem, 25 anos passados, sem a presença da internet. Agora dançamos como se fôssemos pêndulos com fakes em profusão, twitter e demais redes sociais.
Thompson lembra que Max Weber observou a presença do poder militar nos estados-nações que reivindicavam o monopólio do "uso legítimo da força dentro de um determinado território".
Adoraria ver o que Weber diria sobre Heleno Nunes e a turma de Bolsonaro, um militar que apoiou um militar expulso do exército.
Ah, com apoio das mídias malditas e suas novíssimas tecnologias. Será que Weber saberia explicar o que a Jovem Pan apoia?
Não sei, difícil...
Isso tudo acontecendo e eu aqui dando milho aos pombos, porém, sei e tenho certeza, a boiada passou, vazou, e desde o último mês de Janeiro voltamos ao cenário mundial fazendo acordos com a China, Argentina, Portugal e se inserindo no G7.
E nem falei nas forças ocultas de Jânio Quadros ou das forças extra-institucionais como a falida Vaza-jato, aquela que foi apoiada pelas mídias malditas...
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