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Os Decênios de Schopenhauer

Tive um amigo que depois de completar 60 anos sempre dizia que estava na fase final de sua vida. Diariamente se lamentando mesmo que amigos diziam que poderia ter mais 20, 30 anos pela frente.

Resultado, morreu antes dos 65 anos.

Hoje lembrei dele, estou tomando um café da manhã às 7h curtindo um céu azul, as belas árvores dançando conforme a sinfonia do vento e uma montanha majestosa na minha frente.

Porém, lembro que quando jovem gostava mesmo é de dormir até não poder mais...na parte da manhã.

Percebem?

Cada um na sua fase seguindo os prós e contras de cada década de nossa jornada.

E foi o filósofo Schopenhauer que revelou nossos decênios, sim, o pessimista mais otimista que conheço.

Nietzsche dizia que Schopenhauer tinha um perfume fúnebre, bom, conceitos de um niilista, não sei não...fica complicado não é mesmo?

Eu quero mesmo é dançar ie-ie-ie e gritar versos de Bob Dylan, Neil Young, Led Zepelin, Raul, Chico, Zé Ramalho, saborear vinhos e as "geladas", amar as poderosas mulheres...eu quero chegar aos 100, ouviu seu Schopenhauer?

Concorda Mestre dos mestres?

Ele, aquele que decide...

Enquanto isso vou seguindo os conselhos de Schopenhauer, seus segredos e como objetivos, metas e possibilidades de cada década se inserem nas motivações que por sua vez fortalece nossa vontade de viver.

Se com 20 anos eu estava a mil, a ansiedade estava a dois mil, e se meu vigor era uma fortaleza as inseguranças batiam na testa.

Normal.

E agora na década dos 60 anos, se não tenho a espada de Greiscow para ter a força a ansiedade não me pertence mais.

Sim, confesso que quando jogo meu futebol e um perna-de-pau com seus 18, 19 anos passa por cima de mim, fico de "cara" por não conseguir parar o maldito.

Novamente...normal...

É, os prós e contras, a bola(e a vida) andam.

Norman Vincent Peale, um dos pioneiros dos estudos da mente dizia que um dos segredos do otimista é perseguir sempre algo...sempre...

Não confundir com o materialismo doentio né amigos, e sim sonhar com nossos 70, 80, 90 anos de idade.

Que legal deve ser ter 95 anos de idade lendo um livro, tomando(escondido do médico) um bom vinho.

É o que Schopenhauer propõe, aquele filósofo pessimista.

Sim, almejo a década dos 90, mas vamos viver os 60, 70, calma, afinal cada década tem ofertas preciosas.

Schopenhauer começa com Mercúrio e sua rapidez nos primeiros dez anos, avança para Vênus com muito amor e suas mulheres.

Aos trinta anos Marte insere sua força e ousadia, na quarta década Céres revela o que já aprendemos e aos cinquenta Júpiter impõe certa autoridade.

Mas Schopenhauer quer mais, e eu também, e na sexta década Saturno chega com a lentidão do peso que começa a diminuir nossa impetuosidade.

Depois dos setenta, Urano vai abrindo às portas do Céu, não descartando mais três dezenas pela frente.

Chegamos a Netuno que viabiliza recomeços. Ora, pode ser considerado pessimista alguém que no fim religa começos?

Eu vou querer bater e abrir as portas de Urano...know, know, knockin' on heaven's door...

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