Apesar da Holanda fazer parte da história do Brasil, quando invadiu a Bahia e Pernambuco no século XVII, poucos sabem que ela era a maior potência mundial da época.
Quando seu declínio teve início, França e Inglaterra, que almejavam o posto, entraram em guerra. Os ingleses saíram vitoriosos e nessa mesma época, dominavam a Índia e boa parte da América.
Com a guerra da independência americana na década de 1780, a Inglaterra passou por grandes dificuldades financeiras. A solução?
Pilhar a Índia para pagar bancos holandeses que ainda eram poderosos. Na história do Brasil, fomos saqueados pela Holanda, Espanha, Inglaterra e Portugal e nossos nativos exterminados e escravizados. O roubo foi grande.
Consta que a Holanda teve uma enorme experiência no Brasil colonial, quando Maurício de Nassau teve um "vidão" na colônia como povoamento e não apenas como uma colônia de exploração. Nassau fez um grande governo, "até" tratou bem os nativos e aumentou a produção do açúcar, mas quando essa mesma produção entrou em declínio, abandonou o Brasil...e os índios...
Eduardo Galeano em seu clássico "As Veias Abertas da América Latina" traz relatos inimagináveis de acreditar. Galeano desnudou a ganância e a selvageria dos conquistadores. Esses mesmos "heróis" que estão tendo suas estátuas derrubadas nos EUA e na Europa nos protestos anti-racistas.
Ainda na América Colonial, toneladas de ouro foram saqueados nas minas de Potosí na Bolívia.
Os índios escravizados trabalhavam até a morte e para fugir do terror, muitos se suicidavam. Mas para o historiador Fernandez de Oviedo "muitos deles, por passatempo, matavam-se com veneno para não trabalhar e outros se esforcaram com as próprias mãos", acrescenta Galeano.
Mas afinal, quem são esses conquistadores? Quem eles pensam que são? Eles diziam que "serviam a Deus e a Sua majestade". Justificado.
Fico indignado, quando até hoje nossa mídia e nossos telejornais idolatram Reis e Rainhas da Europa.
Casamentos Reais. Que vão pro inferno. Galeano cita ainda o governador Men de Sá que se vangloriava de ter pacificado os nativos, "destruindo" as aldeias que tentaram resistir.
O governador Mem de Sá (aonde está a estátua dele?), e seus capangas tinham aniquilados em menos de 100 anos um terço da população nativa.
Quem eles pensam que são?
E a beleza da vida que Astecas possuíam, teve um cataclismo histórico quando os espanhóis dizimaram e roubaram tudo o que viam pela frente. Grandes conquistadores. Aliás, poderiam mudar a palavra conquistadores para assassinos, pois os massacres e o terrorismo foi algo que faria Hitler dar risadas.
E chegamos ao século XXI, agora somos doutrinados por indústrias culturais que criam nossos desejos, pois vivemos numa sociedade de consumo. E vemos nossas ideologias ficarem em segundo (ou terceiro) planos.
Só a crítica pode nos afugentar "deles". Como a banda Engenheiros do Haway questiona:
"Eles querem te vender,
Eles querem te comprar,
Querem te matar de rir,
Querem te fazer chorar,
Só a arte para combater essa ganância. O conceito de arte musical e teatral mudou muito nas últimas décadas, refazendo o papel do artista que tem que ir onde o povo está. Graças a Deus. E perceber como suas criações elevam o ser humano.
Schiller mostrou caminhos para a arte penetrar em todas as questões do cotidiano. Seu livro "A Educação e Estética do Homem" pede passagem e Schiller insere a arte com, diríamos, almas superiores e nobreza.
Caminhos para desvendar quem são eles e quem eles pensam que são.
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