Saberes Incertos
- cocatrevisan
- há 2 dias
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Atualizado: há 9 horas
Eu quero absorver incertezas e Descartes que vá procurar sua turma.
Não almejo remédios certeiros(no saber) muito menos receitas de bolos perfeitos.
Gaston Bachelard disse certa vez que "toda descoberta real determina um método novo, os ciclos prosseguem inovando teses anteriores".
Sim, é isso, Raul Seixas anunciou a nova lei, ele sabia das coisas, e agora quero falar o oposto do que disse antes, renovando antigos métodos.
Nietzsche, outro maluco beleza, reforça nosso time dizendo que o indivíduo pensasse por si ao visualizar o "mal-estar".
E o perfume fúnebre de Schopenhauer acrescenta que no final vamos religar os pontos.
Confuso?
Ainda bem, é o que quero, prefiro ficar com a trupe diabólica de Mikhail Bulgákov do que ter aquela velha opinião...
Busco apenas ressaltar a complexidade de Edgar Morin lembrando a diferença com a perplexidade.
Tô viajando?
Espero que sim depois de reler 20 anos depois as teorias de Morin.
Certamente quem lê agora é outro, as páginas estão amarelas mas as palavras seguem e vejam só, mudam sua semiótica.
Ah, os saberes incertos.
As águas de Heráclito.
As águas de Março.
E se o tempo é uma trapaça quero ser um original trapaceiro, percebendo que perplexidade não é complexidade.
Estar perplexo significa confusão ou estar inserido em incertezas o que lembra apenas lampejos da complexidade.
Mas aí espero estar seguro com minhas incertezas que hoje tem formas mais convictas do que antigas certezas que achava que sabia mas que na verdade, nada sabia o que poderia ser uma suposta verdade.
Sabia?
Evidente que me arrependo de burrices de adolescente ou daquelas teorias de um jovem que achava que sabia de tudo e ria por dentro das opiniões complementares.
As discussões com amigos nos bares da vida continuam a mesma, mas agora digo o que eles diziam e eles gritam com meus antigos argumentos.
Tá loko...
Os copos não entendem nada...O que está acontecendo aqui?
Ora, estamos saudando Raul Seixas, cada um dizendo o contrário do que dizíamos décadas passadas.
Salve o maluco beleza e as incertezas de Zigmunt Bauman.
Depois dessa viagem típica das Jornadas nas Estrelas, ou melhor, do Túnel do Tempo, não vou ficar nervoso, apenas implorar "certezas" aos nervos estoicos inseridos em meu âmago.
Vou rever a arqueologia de Michel Foucault, ele merece também uma nova edição pois suas páginas além de amareladas estão caindo para subsolos estranhos.
Ah, os saberes incertos...(des)caminhos inseguros, descobertas esquisitas ou planetárias...tudo coroando unidades humanas...
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