Um dos maiores representantes da ficção científica e mestre da imaginação, Júlio Verne também foi vidente. Suas obras foram consideradas como romances de antecipação. Embora ele tivesse afirmado que "meu objetivo não era de profetizar, mas de levar à juventude um saber em matéria de geografia sob a aparência mais interessante do que eu fosse capaz", seus livros nos levam a viagens atemporais fantásticas. E que modéstia.
Em 1856 ele publicou "Da Terra à Lua", uma aventura impossível em sua época. E previu, 100 antes, a conquista da lua e da frase histórica do astronauta Neil Armonstrong "Um pequeno passo do homem mas um grande passo da humanidade".
A História narra a possibilidade de enviar um projétil até a Lua, disparado por um enorme canhão, num projeto dos sócios do Gun Club.
Imaginar é preciso. Sonhar é preciso. Liberar nossas mentes e destrancar nossos limites, deveriam ser leis à todo e qualquer indivíduo, daqueles que usam apenas 5% da cabeça animal, como diria Raul Seixas, outro poeta maluco, que viveu há 10 mil anos atrás e viu o céu que já não é o mesmo céu...
Quando debato tais questões, incluo a fé na discussão. Em relação à crença do apóstolo Tomé, pois não preciso ver para crêr.
Imaginem o que temos pela frente, apesar de epidemias e nossa podre classe política. Muitas descobertas ainda vão revolucionar nossos cotidianos. O que diria uma pessoa, 200 anos atrás, diante de máquinas voadoras, com mais de 100 pessoas em seu interior, rasgando nossos céus. Que somos loucos, ou descendentes de Júlio Verne.
Pois o presidente do Gun Club (clube de fanáticos armamentistas, que Verne descreve como amantes de armas, carabina, etc), garantia que o projeto lunar seria uma verdadeira revolução histórica.
Mesmo porque no século XVII, um tal David Fabricius, gabou-se de ver com seus próprios olhos, habitantes no distante planeta e outro mais maluco ainda, chamado John Hershell afirmou em 1835, que tinha visto cavernas e hipopótamos na Lua, através de um potente telescópio.
Tudo avalizado pelo presidente do Gun Club. Sonhar é preciso. Imaginar é preciso, mas com essa magnitude, somente através das palavras de Júlio Verne.
Ainda nessa ficção, Verne diz que para a classe dos ignorantes supersticiosos, a "lua era como um espelho polido, onde as pessoas podiam se comunicar por grandes distancias". Que tal conversar com um amigo há 300km, através do espelho da lua. Não sei o que essa turma andava bebendo, mas quero uma caixa.
Como falei anteriormente, Verne tinha alma visionária. E minha tese se confirma, quando ele disse que o projeto lunar constituiu uma ambição americana e que os "ianques iriam arvorar sua bandeira estrelada na lua"...
O legal de Júlio Verne é que permite ao simples mortal sonhar, imaginar e ver possibilidades infinitas na existência humana. Ela publicou histórias submarinas, viagens extraordinárias, volta ao mundo em tempo recorde, travessias de 5500km no imenso Império Russo, etc.
Não cito Viagem ao Centro da Terra, porque já escrevi em dois outros textos sobre esse clássico de Júlio Verne.
Enfim, gosto muito dessa temática.
Acredito no presente e no futuro e vibro mais ainda quando a Arqueologia transforma nosso passado. Tudo é possível para quem sonha, para quem imagina.
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