Meses após seus retorno, um dos astronautas que viu a Terra distante no espaço, enfrentou graves crises existenciais. Mito ou realidade, deve ser uma sensação estranha ver nosso planeta, minúsculo, perdido na fronteira final.
É o nosso mundo. E nossa tecnologia avançada causa esses fatos inusitados, uma vez que John Wayne ou os piratas de séculos passados não vivenciaram essas peculiaridades e mudanças. Ou ainda os aventureiros das grandes navegações. Cada um com seus problemas de suas referidas épocas.
Se temos um avanço tecnológico sem precedentes, temos também um progresso destrutivo inicinerando nossas florestas, uma poluição desastrosa em nossos rios, bombas atômicas e inúmeros desastres castigando nosso planeta azul. Nosso escudo que defende a Terra, à camada de ozônio, resiste aos desalmados seres humanos.
A Terra tão dilacerada com furor nas guerras e pelos mineiros nos ciclos do ouro na América Colonial, Austrália, etc, resiste com honra e mérito. Mas clama por justiça.
E ainda assim, sempre bela com recantos inimagináveis, cidades lindas, cadeias montanhosas deslumbrantes, praias paradisíacas e fenômenos incríveis como o arco-íris e a auréola boreal.
Verdade que o aquecimento global poderá fazer desaparecer uma cidade como Veneza, que um tornado transforme montanhas milenares mas a geografia e o clima também agem naturalmente.
Enquanto isso, marinheiros errantes jamais desistirao de voltar dos seus portos de origem.
Terra, "por mais distante que o errante navegante quem jamais te esqueceria", canta o bom baiano Caetano Veloso.
Nome da música? Simplesmente "Terra". E Caetano acrescenta, que está apaixonado por uma menina chamada Terra e que outros astros são nossos guias. Genial.
E diante todas essas declarações de amor, ainda assim, os militares loucos sempre inventam guerras, para roubar terras de seus irmãos humanos. Deveriam entender qual a parte que te cabe nesse latifúndio...Severina.
Somente nossos poetas para esclarecer que a Terra é onde nem espaço fogem de nossas forças e coragem.
Toda vela aberta que desliza pelos mares, vai voltar. Toda vela aberta que enfrenta ondas rebeldes, resistirá e vai voltar. Toda vela aberta que faz amizade com rios, todas, vão voltar...à Terra.
O grupo musical Gaúcho "Tambo do Bando" também se insere na gratidão ao planeta Terra, com sua música...Terra. O Tambo foi sucesso na década de 80, com mais de 50 prêmios em festivais, principalmente no RS. A letra de Terra diz que "Te dei o rio, o verde, o mar, mandei amar, te dei irmãos, me deste a guerra, e agora...sangramos tanto..."
Viver e conviver com nosso planeta é para eles (e para mim), lavar o mar e guardar o pranto com ela. Mas o que eu desejo mesmo, é permanecer ainda bons anos nesse maravilhoso planeta. Tempo para recuperar outros tempos e me desculpar, e agradecer, e viver...
Eu quero é me redimir.
Como o Tambo do Bando canta na estrofe principal: "Terra não me deixe agora, eu quero me redimir, do que fiz..."
Sensacional.
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