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  • cocatrevisan

Toda Vez

Não estou preocupado se o português está correto, não importa.

Toda vez...

Toda vez que perdemos alguém a reflexão e o sentido da vida batem em nossa porta, cara, nariz, face e fazem até o homem mais forte chorar.

Neste mês perdi mais um amigo.

E "toda vez" os jargões retornam...é a vida, era a jornada dele...

Bom, ainda bem que não era minha vez e espero viver os decênios de Schopenhauer, àqueles que tanto já citei aqui.

Mas toda vez que perdemos alguém querido voltamos a questionar o Existencialismo.

Toda vez.

O materialismo dessa vez e toda vez fica em segundo plano. Nada vai adiantar anéis de ouro em dedos preparados para um banquete dos vermes.

Por isso não me entrego, acredito "Nele", aquele que disse às frases mais significativas de todos os tempos há mais de 2000 mil atrás.

Para quem não crê nada posso fazer.

Evito discussões.

Sim, até nos momentos "toda vez".

Toda vez que uma desgraça revela sua graça percebo a essência do filho (a), neto, mãe,...e do vinho...

Toda vez que a rotina desaba, o horizonte mostra sua beleza e volta, retorna e volta de novo.

Toda vez.

Há muito tempo.

E agora.

Toda vez.

Enquanto não for minha vez.

Enquanto isso vou fazer força para levantar naqueles dias funestos, dias de subsolos...não, vou tentar levantar e seguir conselhos do mestre Pagodinho.

Deixar a vida me levar.

Toda vez.

Sim, suave, me escapando de pisos escorregadios...eu quero a terra firme, eu quero pedir desculpas à Terra de Edgar Morin, eu quero me redimir...Terra...como o Tambo do Bando cantava, não é mesmo meu amigo Cachoeira?

Terra, não me deixe agora...

Sim, eu quero me redimir.

Toda vez.

Toda vez que perdemos um parente ou um amigo não importa o capitalismo, socialismo ou marxismo.

Não interessa a direita a esquerda ou os desgraçados do Centrão.

Toda vez.

Os pensamentos valorizam, agora, o Existencialismo, quem somos...

A essência das essências.

Lembro das palavras do autor grego Nikos Kazantzakis(Zorba o Grego, o incrível Irmãos inimigos, etc), que em "O Cristo Recrucificado" escreveu realçando os dias calmos com sol e chuviscos onde a relva brota com ervas cheirosas trazendo ressureições .

Toda vez...

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