Ventos do Futuro
- cocatrevisan
- 2 de nov.
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de nov.
Como é que é?
Ah tá, agora o vento tem passado, presente e futuro?
Acho que está faltando assunto para o blogueiro.
Pois sim, quem vai definir minhas arestas do amanhã vai ser o vento, sim senhor.
O sábio Amin Maalouf tinha "convicção profunda que o futuro não está escrito em nenhum lugar, será o que fazermos dele pois o destino é como o vento para o veleiro".
Ah, o tempo e o vento...
Maalouf assegura que quem estiver no timão não tem o poder de decidir de onde vem o tempo, mas pode sim orientar a vela.
Trazendo respostas, diria Bob Dylan e fazendo a diferença em nossas jornadas.
Amin Maalouf lembra que um mesmo vento pode levar o marinheiro para caminhos turvos ou calmos, o timão é que vai guiar os (des)caminhos.
E pelos caminhos da vida, eles, sempre eles, virão com todos seus aparelhos, porém, os caminhos e as velas estão abertas...
Maalouf é enfático quando diz que "podemos dizer o mesmo do vento da mundialização que sopra em nosso planeta".
Mas quem tem a poeira como companheira (Geraldo Vandré) os ventos do futuro prometem estradas serenas.
A base Enterprise com o Capitão Kirk no "timão" e com seu assistente Dr.Spock garante bons ventos para nos levar onde nunca ninguém jamais esteve apesar "deles" estarem com suas antenas ligadas.
Seus interesses são resilientes, em 1915 o escritor português Raul Brandão dizia que "estamos enterrados em convenções até o pescoço, usamos as mesmas palavras, fazemos os mesmos gestos, a poeira entranhada sufoca-nos".
Geraldo Vandré, por favor, grite com voz alta sua "poeira".
Os ventos do vilarejo de Raul Brandão amortecem existências mas Maalouf assegura que os ventos do futuro existem.
Ventos do Futuro...
Ventos do presente...
Ventos com seus cheiros temporais, cheiros de café cru nas ruas durante o ciclo do café, cheiros atemporais do mar, cheiros do amor...
Os ventos são infalíveis.
Eles vão cobrar no futuro.
Soprando leve com doces aromas para os benfeitores e castigando os insossos.
As falências não são apenas econômicas, a moralidade vai exigir justiça.
As consequências virão à tona.
Em 1891 o preço do café garantia rostos felizes mas não tardou para ventos estranhos entristecerem com rostos empoeirados.
Homens perderam a mocidade na corrida do ciclo do café (e do açúcar, borracha...), onde ventos salutares não estavam inseridos.
Se na corrida ambiciosa não se relacionaram com ventos amáveis, como imaginar ventos futuros...
As velas abertas imploram por ventos do bem mas as tempestades sempre estão à espreita.
Quem lembra de Walter Franco cantando "lá vai uma vela aberta...se afastando do mar" sabe que a esperança é real, está lá no porvir, no desconhecido e aberto futuro.
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