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Dobras

  • cocatrevisan
  • 8 de abr.
  • 2 min de leitura

O premiado escritor Gabriel Abreu inseriu o verbo dobrar para desafiar nossos mundos, micros e macros.

O macro engloba uma pandemia enquanto o micro trata de nosso empirismo e sua ação em nosso cotidiano.

E as dobras se desdobram, faz o micro lembrar nossas origens.

É quando o Gaúcho está na Bahia, oferecem vatapas mas ele quer mesmo é um suculento churrasco.

Viajamos, vamos longe, mas meu "eu"grita no âmago.

Sim, queremos o novo mas não menosprezamos o antigo pois lá, segundo Abreu, há espaço para a mesmice.

Porém, o ranço da origem recrudesce.

Até gosto da tal dobra, ora, não vou me dobrar, sim, busco novidades mas meu passado exige representatividade.

E como vejo a cultura de massas em todo lugar, todo cuidado é pouco, eles querem, sempre eles...me moldar.

Com dobras...ou não...

Socorro Theodor Adorno e Max Horkheimer.

Numa edição do O Globo do último mês de Fevereiro, Fernando Gabeira diz que não entende como Trump consegue tantos seguidores no Brasil, pessoas que são oprimidas pelo louco presidente mas que apoiam suas medidas obscuras.

Gabeira cita Marcuse e Erich Fromm, ambos também da escola de Adorno(Escola de Frankfurt) para revelar a engrenagem ideológica.

Ele ainda tenta acordar aqueles que pensam que são eles, sempre eles, inocentes que não percebem que fazem o jogo deles...sempre deles...

Enquanto isso as dobras se enfurecem.

Os caminhos dos processos de Comunicação desfilam suas artimanhas e os "campos de interação" de Pierre Bordieu coloca cada um em seus devidos( e definidos) lugares.

Os pobres de direita denunciados por Jessé Souza apertam os parafusos dos tempos modernos de Charles Chaplin e a banda toca conforme orienta o maestro deles, sempre...

Os vencidos dizem que estão integrados mas seus boletos dizem o contrário.

O jogo está definido.

Os inocentes humilhados choram sem entender que jogam para os opressores.

Turminha difícil né Gabeira?

 
 
 

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