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Ousadia e Afetividade Parte II

  • cocatrevisan
  • 8 de jun. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 1 de nov. de 2021

Minha conclusão deve apresentar ao menos uma proposta de humanização no jornalismo. Onde está inserido o Jornalismo Universalista do argentino Mário Luis Rodrigues Cobo, conhecido como Silo. Em busca de novos ares, Silo alega que os humanistas sentem que sua história é extensa, e pensando no futuro, lutam para superar crises atuais. Eles, segundo Silo, são otimistas e acreditam na liberdade e no progresso social.

Entre vários projetos do argentino, estão os parques de estudo e pensamentos. São vinte parques espalhados pelo mundo, que promovem a coexistência pacífica e reflexões sobre a condição humana.

No Brasil existe um localizado no Parque Caucaia em São Paulo e outro em construção, em Igarassu no Pernambuco.

Esse projeto foi idealizado pela organização global A Escola, inspirada no humanismo universalista. Silo é autor de vários livros, é Dr. Honoris Causa da Academia de Ciências da Rússia, e inspirou o partido Verde.

Esses parques servem como pontos de encontro, irradiam a espiritualidade rejeitando discriminações, e "apelam" à dimensão sagrada da mente humana em busca de liberdades e sentidos existenciais. Em 2007, num parque na Espanha, ele falou para mais de 10 mil pessoas "que chegamos ao fim de um período histórico obscuro e pouco a pouco, as culturas vão se entender. Os povos experimentarão uma ânsia crescente de progresso para todos, entendendo que o progresso de uns poucos termina no progresso para nenhum. Sim, haverá paz, e por necessidade se compreenderá que começa a se formar uma nação humana universal". Otimista demais?

Edgar Morin agradece. Mas talvez esses sejam os caminhos que podem nos levar ao direito e à ternura, a um jornalismo mais afetivo, crítico mas humano. Fazer que a afetividade deixe de ser um estorvo em nosso cotidiano.

Caminhos onde leitores percebam criticamente a mídia, que em busca de audiência e ibope, passam por cima dos valores éticos, morais, e assim,fugir das "irreflexoes" que Gilles Lipovestky nos fala.

Falo de um objetivo que lembra a ementa dessa disciplina, "identificar como o pensamento complexo e as perspectivas humanistas podem constituir alternativas à construção de narrativas de contemporaneidade".

Como vale tudo na mídia sensacionalista, quando o indivíduo flagrar que muitas vezes o Jornalismo é um sistema desenvolvido como qualquer outro no capitalismo, então talvez, possamos visualizar que temos sim, direito à ternura e a afetividade na mídia.

Restrepo alega que é essencial essas dois conceitos para uma reconstrução social, e que quase nada sabemos de afetividade. Então, resta rever nossa condição pós-moderna através das mudanças que passamos por interações de nosso tempo e espaço (lembram o exemplo de Hitler?), as compressoes do tempo e as alterações de tempo e memória que Augusto Cury nos mostrou.

Os parques de estudos representam avanço significativo na busca de interações humanas assim como priorizar o indivíduo nos meios de comunicação rejeitando o sensacionalismo. Em tempos de ódios disseminados, a ternura deve voltar ao debate.

Para isso, precisamos ousar.

 
 
 

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